Monday, February 16, 2009

Post number one #1


É importante dizer que este blog nasceu em New York City, num momento muito especial da minha vida. E por inúmeros motivos. Aliás, de qualquer forma este já é um ano especial pra mim. Ano do meu casamento. Um grande marco. Morar fora do Brasil foi um marco também. Amo Portugal, amo Lisboa.

Falar sobre os Estados Unidos da América, ou 'Coitados Unidos da América' como diz a minha prima Lara, é um desafio e tanto. Minha leitura está um tanto quanto ácida. Eu sei. Vocês verão. Por o inverno aqui 'tá soda'.

Os EUA, de colonização Inglesa, nada herdou da Inglaterra. E olha que já estive em Londres. Os americanos são indescritíveis. Eles têm identidade, isso não se pode negar. Eles são únicos e bizarros, em manias, em atos, modo de agir e pensar.

Minha análise é consideravelmente boa. Afinal eu conheco a cultura americana. E 'thanks God' ter vindo pra esse lugar falando Inglês fluentemente. Modestia à parte, aprendi muito bem. Sempre recebi elogios. Na Europa julgavam que eu era americano. Talvez pela pele excessivamente clara e olhos azuis. Estudei com livros importados, pude conhecer a cultura, ouvir sotaques diferentes, tive uma professora muito boa. After all, ainda tenho carinho por ela. Então consigo olhar pra tudo aqui com muita clareza e frieza também.

Rebobinando um pouco a fita, minha entrevista de visto foi calma, deixando de lado toda burocracia e fila infernal do Consulado. Aqui a imigração foi tranquila. Quase sem perguntas. Também puderá, já passava das 5h30 da manhã e o cansaço do oficial pode ter contribuido para que entrada no país tenha sido faster. As primeiras impressões de New York não poderiam ser melhores pois o céu estava lilás, uma cor que eu hei de ver muito ainda. Lilás me lembrou Marcella, a quem eu muito amo.

New York representa a America 'sim'! É a cidade do consumo, das compras, das lojas, dos produtos, das ofertas, das procuras, das filas, dos VIPs, dos que querem e dos que sonham.

É proibido sonhar? Aqui a resposta é: não sei. Acompanhar o consumo aqui não é muito fácil. Seria necessário ter muito mais do que uma sacola de dinheiro. O American Dream ainda é o mesmo pros mexicanos, indianos, asiaticos, europeus do Leste, e brasileiros também. Aqui é uma cidade multicultural, eu sei, mas esses imigrantes povoam por toda parte, é incrivel. Achar um americano aqui é bem raro. Não é a grande maioria, definitivamente.

Já passei pela Macy's, a grandiosa loja de departamentos, aliás, slogan deles diz: a maior loja do mundo. Os americanos são maiores em tudo, não? Pobres japoneses, risos! Time Square, Disney Store, Virgin, M&M's Store, Swatch, almoço no Applebees, Victoria Secret, Toy'R'us, Best Buy, jantar no KFC, etc. Este foi basicamente o primeiro dia.

Só faltou dizer que a Sandy veio no meu vôo. E sem o Júnior, claro. Agora ela se casou. Mas ela viaja de primeira classe e o maridinho de World traveller, curioso não? Eu observei, confesso.

No segundo dia fui ao culto Mormon, devido à minha companheira de viagem, Suzana. Metrô pela primeira vez, almoço no Friday's, Estatua da Liberdade, Central Park e compras no Kmart e de volta pro hotel. Estou hospedado no Radisson. Lindíssimo, mas estou totalmente desapontado com o serviço e atendimento da rede, afinal, eles são internacionais. As expectativas são sempre grandes, peço desculpas.

Sábado foi Valentine's Day, nosso dia dos namorados. Data inesquecível pra mim, pois sou um apaixonado, um romântico. Encantei-me com a cidade, fascinante e charmosa, cosmopolita. As pessoas saudam umas as outros com 'Happy Valentine', que não é necessariamente para os namorados, mas às pessoas que amamos muito. Amigos podem jantar juntos neste dia. A cidade estava linda. A noite não estava tão fria. E as ruas pararam, lotadas de taxis amarelos, os famosos yellow cabs...

Já hoje é 'Dia do Presidente'. Um ano histórico pra América e pro mundo. Estou feliz por estar aqui e ver com meus próprios olhos o fanatismo americano pelo novo presidente, o afro Obama. Há souvenirs dele por toda parte! E a crise americana pode ser notada nos comerciais publicitários que busca incentivar o consumo e livrar os americanos que estão individados e sem saídas...

Amanhã vou postar sobre a televisão americana. Mil comentários! Vai dar pra tecer uma manta, o babado é forte! Adoro ver TV aqui, assisto com o caderno do meu lado.

Até+

4 comments:

  1. Olá Mauricio, que fantástica a sua descrição da Big Apple e de seus habitantes raros norte-americanos entre eles. Fiquei muito feliz pelo seu blog ter finalmente "nascido". Vou acompanhar atento e fazendo meus comentarios de vez em sempre.
    Take care.

    Guto Arruda - Campinas-SP

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  2. Mau.. ahh seu danado, então era um blog é?
    Com certeza, eu vou virar freguesa aqui.. podemos ao menos trocar links nos blogs, hein.. rs
    Vc é o must, baby.. eu já disse faz tempo.
    beijocas

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  3. Adorei o post! E obrigada pela citação! A propósito: Ya basta! é tb o lema do EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional), que luta pelos direitos dos indígenas e da população pobre em geral, sobretudo do estado de Chiapas, no México. Ironicamente, os representantes do EZLN tb têm uma visão "um tanto ácida" dos Coitados Unidos. ; ) Baci! Lara

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  4. Sensacional seu blog! Sao raras as pessoas que possuem um jeito objetivo e realmente ironico como o do Maurício. Parabéns! Show! Polido

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